quinta-feira, 27 de março de 2008

Dubai/Abu Dhabi - Endurance Internacional



Primeiramente gostaria de agradecer o carinho e a hospitalidade do Dr. Jose De Sousa Meirelles e toda sua equipe do WRSAN STABLES em Abu Dhabi, especialmente a Dra. Carolina Amaral (Caru), que me acompanhou tambem durante a visita a Prova de Enduro Sheikh Rashid Bin Al Maktoum Challenge de 120 km e na visita ao WRSAN STABLES, um abraço ao Rider Carlitos do Uruguai a ao Ferrador Herve da França a todos eu deixo meu sincero agradecimento.
Em Abu Dhabi em Al Wathba na Emirates Internacional Endurance Village, um lugar onde se pode dizer aqui se respira enduro esquestre, se vive o enduro equestre, tamanho é o amor que este povo tem pelo esporte e a paixão pelo cavalo do deserto.

Prova de 120 Km com 126 participantes...incrivel, talvez eu não consiga descrever como é lindo a largada de uma prova deste nivel com tantos conjuntos escritos, logo cedo os cavalos se aquecem para a largada para desenvolverem a velocidade imbativel atualmente no mundo do enduro. Equipe de apoio pronta e muito bem organizada para acompanhar os conjuntos durante a jornada nas trilhas que cortam o deserto dos Emirados Arabes. A prova é dipustada a uma velocidade jamais feita em qualquer outro lugar, onde o terreno plano e piso de areia ajudam muito nesse sentido. Durante a largada a temperatura é baixa marcando por cima dos 15ºC e no decorrer do dia chega aos 30ºC mas com sensação termica de ser mais alta. Os primeiros conjuntos logo que chegam automaticamente se dirigem para entrar no Vet Check, alguns conjuntos entram em 1 minuto as vezes eu até achava que não dava 1 minuto...rs, e o mais interessenta na estrutura do local e ver um aparalho eletronico que mostra em um placar a frequencia cardiaca para todas equipes poderem ver...perfeito, 126 conjuntos partiram e apenas 25 terminaram.

A diferença em que eu notei do Enduro feito no Emirados Arabes e o Enduro feito no Brasil, a velocidade sem duvida atingida pelos cavalos é uma delas, a infra estrutura oferecida aos participantes e a competitividade entre as equipes é grande. Bom tambem não seja por menos os cavalos tem tudo e um pouco mais para se tornarem verdadeiros atletas desta modalidade. Eu acredito que se os cavalos dos Emirados tiverem um excelente trabalho de base, dificilmente serão batidos nas provas de enduro a nivel mundial.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Dia de Prova


O grande dia, tralha arrumada, verificada e sem defeitos, nada de estreiar materiais novos, feno, ração em ordem, ferradura OK, isotônicos OK, Regadores e Baldes OK, Esponja, Rodinho e toalha OK, cabresto de prova OK, Exame de AIE, passaporte com o selo da CBH, e GTA OK, materiais sobresalentes OK, inscrição feita OK, equipe de apoio super bem treinada OK, estratégis repassada OK.

E agora como esta o mais importante envolvido na prova, o SR. CAVALO, perguntaram a ele se ele esta bem para prova, se ele esta de acordo com sua estrategia de prova, ele foi treinado para isso, o dia esta quente ou esta frio, o clima esta seco ou humido, o relevo é bom ou ruim para se fazer uma prova em alta, média ou baixa velocidade, seu cavalo dormio bem ? São perguntas como essa que irão fazer a grande diferença em uma prova de enduro.

E acredito que muitas provas que são estudadas e analisadas pelas equipes de enduro, vão a zero quando não se tem os detalhes mais importantes que só serão vistos no dia " D ". Claro que existir uma organizaçãom uma determinada pré - estratégia de prova, mediante a tudo que se foi feito durante o tempo de treino e de vivência com o enduro equestre, ajuda e muito, mas o mais importante, que tudo vc treinou e viu durante kms de trilha só sera colocado em pratica durante o decorrer da prova, de acordo da sencibilidade do cavaleiro com seu cavalo para se decidir que caminho tomar. Acho que é por isso que quando se larga 200 cavalos para uma prova de velocidade livrede 160 ou 200 km, apenas 10, 7, 3 ou as vezes 1 cavalo conseguem terminar a prova, sim imprevistos acontecem perder ferradura, o cavalo pisar em falso, ter um intorce, ou mesmo não estar bem na quele determinado dia, mas isso tem um nome SORTE.

Então amigos enduristas, dedicar-se ao maximo com seu companheiro de prova o cavalo, passar o maior tempo possivel, com ele durante o dia, antes e depois do treino, assim as suas chances de poder terminar uma prova de enduro com o cavalo em melhores condições fisicas irão aumentar significativamente.



quarta-feira, 12 de março de 2008

Treinadores de Cavalo X Sistemáticos


Muitos cavaleiros e amazonas treinam seus cavalos diariamente, outros não, são treinados por tratadores e muitas vezes não são eles que irão a prova com os cavalos. No decorrer das primeiras provas os cavalos até conseguem bons resultados, mas com o passar do tempo o rendimento do cavalo vai queda a baixo. Os cavaleiros se perguntam como isso esta acontecendo; o cavalo é otimo, é treinado todos os dias no mesmo horário, se alimenta de ração balanceada, tem suplementação alimentar, feno da melhor qualidade, o melhor ferrador, como que este cavalo esta caindo tanto o rendimento ?

Ai esta a grande questão, cavalo não é maquina, cavalo tambem senti casaço físico, cavalo tem dias bons e ruins, cavalo tem que ter vontade própria de treinar.

Essa é a diferença entre Treinadores de Cavalos e pessoas Sistemáticas, que fazem tudo certinho, mas acabam esquecendo que a sencibilidade, a simbiose entre cavalo e cavaleiro é o diferencial, que um conjunto tem perante aos outros. Essa formação de conjunto se dá ao longo de tempos de treinamento com o cavalo, como muitos cavaleiros de hoje não são os treinadores de seus cavalos isso dificilmente é atingido pelo conjunto.

O treinador de cavalos sabe a hora que seu cavalo esta bem, ou esta ruim, sabe quando treinar, como deve agir na prova, sabe quando seu cavalo tem vontade de fazer sua necessidades fisiológicas, sabe do metabolismo, onde acelerar, e a onde diminuir, melhorar as qualidades e diminuir os defeitos do cavalo, ver se o material usada é o que esta de acordo com o cavalo (Sela, cabeçada, embocadura, ferrageamento, alimentação). O Sistemático faz tudo certo, mas falta o dia a dia com o cavalo para poder saber todas essas passagens que seu cavalo te mostra, e isso o dinheiro não pode comprar e nem pagar, só o tempo pode ensinar.

Procure passar mais tempo possivel com seu cavalo, essa vivencia entre ambos pode fazer a diferença.


"Um bom treinador de cavalos pode ouvir e falar com seu cavalo, Um otimo treinador de cavalos pode ouvir seu cavalo sussurrar" (Monty Roberts)


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Condicionamento e Treinamento para Cavalos de Enduro

Deixo bem claro que o Enduro Equestre é um esporte que exige respeito, dedicação e responsabilidades para que se obtenha sucesso no seu desenvolvimento durante o treinamento.


O Cavalo é um animal muito sensivel a qualquer mudança, seja ela uma mudança mais suave ou mais brusca, o cavalo sentirá a diferença, então faça tudo com muita calma e paciência.




O Condicionamento Fisico

Temos como exemplo um cavalo na faixa etaria de 5 a 7 anos, que é uma idade que eu prefiro para se começar a ter um bom desenvolvimento para o esporte, não só para Enduro Equestre mas para outras modalidades hipicas tambem. Não deixando de lembrar que o bom manejo dos cavalos desde seu nascimento até a fase da doma são indispensáveis para que o cavalo tenha uma vida saúdavel e se desenvolvam com mais facilidades para o esporte.

No inicio do condicionamento o cavalo precisa ter uma estrutura muscular firme para que possa aguentar um peso extra sob seu dorso, então trabalhamos este cavalo em um redondel na guia durante 30 a 45 dias, para que sua musculatura esteja pronto para sustentar esse peso, rodando o cavalo tanto pela direita, quanto pela esquerda de sua diagonal de passo, trote e galope, e tambem para que o cavalo fique mais proximo de seu cavaleiro ou treinador. Do chão o cavaleiro/treinador tem a possibilidade de enchergar defeitos e qualidades em seus movimentos, que no caso montado temos mais dificuldades de analisarmos este cavalo em alguns aspectos de movimentação. Sempre respeitando um dia de trabalho para um dia de descanso.

Passando a fase de condicionamento, o cavalo esta apto a ser montado, trabalhamos o mesmo no picadeiro/pista, para que o cavalo tenha equilibro e adestramento para que seja um cavalo equilibrado, em todos as suas formas de locomoção, como passo - trote - galope, e que possa trabalhar a sua musculatura com leve intensidade, o cavalo com adestramento e com um cavaleiro que saibam montar adequadamente tem maiores possibilidades de poder chegar ao fim do percurso com seu cavalo em condições melhores do que um cavalo e cavaleiro que não tenhão estes principios da equitação, claro que isso não seja um empecilho na pratica do esporte, mas que pode ajudar ao conjunto cavalo e cavaleiro ter um condicionamento mais completo durante o percurso isso é obvio. O tempo deste treinamento, depende muito de cavalo e cavaleiro, não tem regra, depende muito do sentido do treinador em ver que o cavalo esta fazendo todos os movimentos corretos sem exitar ou ter dificuldades para faze-los.

Ganhado as Trilhas; os cavalos novos sempre devem estar acompanhados por cavalos mais experientes, pois a trilha tem certos obstaculos a serem vencidos,
e os cavalos novos não tem experiência para transpor sendo necessário a ajuda de um cavalo guia. Comece este trabalho com distâncias pequenas de 10km a 15km, esqueça do tempo, faça uma cavalgada lenta e moderada, deixe com que o cavalo aprenda a pisar com firmeza num solo que ele não esta acostuma a andar, faça isso durante 2 meses, intercalando com um dia de adestramento na pista/picadeiro, e 3 dias de trilhas, e vá aumentando a distância comforme o cavaleiro/treinador sinta que o cavalo esta pronto para vencer distância maiores, é importante que tenha na mão um cronograma de treinamento do cavalo, para que isso ajude a tirar parametros de condicionamento fisico.

Comece com provas de regularidade, que permitam que o cavalo fique familiarizado com o dia da prova, a rotina que ele ira passar não sera esquecida, então faça tudo com muita calma e carinho, para que o cavalo goste do que esteja fazendo, e isso torne um divertimento e não sofrimento. As provas de regularidade são normalmente de 30 a 60 km, atraves destas provas vocês terão um parametro de como esta seu treinamento; seja amigo do veterinario pois eles estarão na prova justamente para auxiliar no bem estar de seu cavalo e nunca para prejudicar. Acredito que este Treinamento aconteça durante um ano para que o cavalo tenha um bom desenvolvimento de temperamento, ossos, musculos, tendões e ligamentos, sem deixar de falar que seu desenvolvimento cardio-respiratorio será muito bem desenvolvido.

Cavalo entrando na fase de treinamento para provas de velocidade livre, que são provas que tem como distancias de 60 a 160km, o cavalairo/treinador tem que estar mais atento as mudanças de comportamento do cavalo, pois será mais exigido e terá que ficar atento ao requisito de descanso, estress, lesões, alimentação, suplementação alimentar, hidratação e ferrageamento, isso sempre com o auxilio de um bom veterinário. Os cavalos começam a treinar com distâncias maiores e velocidades mais altas, isso é uma parte delicada do treinamento a VELOCIDADE, não adianta vc quere fazer que seu cavalo corra de mais durante o treinamento, pois na prova o cavalo estará muito cansado para poder continuar com a mesma velocidade durante o percurso, procure ver qual o tipo de treinamento mais adequado para seu cavalo, se ele é acelerado ou lento, se melhora a sua velocidade em um determinado momento do treinamento/prova, se ele necessita de algum trabalho especifico para que melhore algum defeito, ou mesmo para que melhore as suas qualidades. Durante o treinamento do cavalo procure aumentar a distância e diminuir a velocidade, conforme vc vai passando estas etapas, vc pode diminuir a distância e aumentar a velocidade gradativamente.

Durante o tempo que tive como cavaleiro e treinador de cavalos, presenciei diversos cavaleiros/treinadores tentando acelerar as etapas do treinamento, até que no começo os mesmo tiveram bons resultados, mas durante um tempo, logo depois os cavalos apresentavam problemas graves, como tendinites, sindrome da navicular, fraturas por estress, disfunções do sistema intestinal e cardio respiratorio, sem contar que o cavalo perde o interesse de treinar, isso passa a ser uma coisa ruim para o cavalo, para voltar depois leve mais tempo do que se tivesse feito um trabalho com calma e tranquilidade.
Procure sempre estar conversando ou trocando informações com seu treinador e veterinário, isso certamente será benéfico para que possa alcançar seus objetivos, e não causar nenhum problema a seu parceiro de prova (CAVALO) . Pois o enduro é um esporte familiar de equipe e envolve um animal que não sabe se comunicar através da fala e sim de movimentos e atitudes. Desenvolva suas habilidades de poder sentir o que seu cavalo necessita, e isso não tem regra, a unica forma de se adquirir é com muito treino e dedicação com seu parceiro de prova. Lembre-se terminar é vencer.


Um BOM Treinador pode ouvir, pode falar com seu cavalo; Um OTIMO treinador pode sentir e ouvir seu cavalo sussurrar. (Monty Roberts)

Fabio Cavalhieri

Enduro Equestre



Enduro Equestre




É um dos sete esportes hípicos regulamentados pela FEI - Federation Equestre Internationale. É, atualmente, o esporte que mais cresce em número de eventos por ano e já ocupa a terceira posição, praticamente empatado com o Concurso Completo de Equitação e atrás do Salto. Trata-se de uma corrida de longa distância, atingindo 160 quilômetros em sua versão mais longa, provas que acontecem em trilhas, ruas, montanhas e diversos terrenos, separada em etapas (chamadas de "anéis"). Entre os anéis sempre há um controle veterinário (o "vet-check") que desclassifica os cavalos demasiadamente cansados ou que mostrem qualquer sinal de dor ou problemas no sistema locomotor. O enduro é disputado por conjuntos compostos de um cavaleiro/amazona e um cavalo/égua, não podendo nenhum dos membros ser substituído durante a prova. Uma característica interessante é que todos correm juntos, não havendo distinção entre homens e mulheres. Além disso, o enduro é conhecido por proporcionar um ambiente familiar, no qual avós e netos, marido e mulher, irmão e irmã, etc correm juntos e onde se tem contato com a natureza durante todo o dia.

Categorias
As provas de velocidade livre são separadas por distância e por idade dos cavaleiros/amazonas. A grande maioria é composta por trilhas entre 80kms e 160kms, embora existam provas mais curtas (normalmente de 60kms) e mais longas (divididas, nesse caso, em dois ou mais dias). Dentro dessas distâncias, os cavaleiros são divididos por idade em três categorias: mirim (até 14 anos), young rider (14-21 anos) e sênior (a cima de 21 anos). As provas consideradas de elite são:

160kms para sêniors
120kms para sêniors/young riders

A Prova
A prova de enduro de velocidade livre é composta por uma largada, determinado número de anéis (dependendo da distância), pelos vet-checks e pela chegada.

Os anéis - a trilha
Após a largada (todos juntos, como numa maratona), os conjuntos percorrem trilhas marcadas com tinta e fitas coloridas. Essas trilhas normalmente tomam lugar em bosques, parques, florestas, pastos, estradas de terra e demais cenários típicos do meio rural. A topografia e o solo são os principais fatores da trilha e é neles que os cavaleiros/amazonas prestam atenção para decidir que velocidade imprimirão. Quanto mais duro e com mais pedras o solo e quanto mais acidentada a topografia, piores são as condições, fazendo com que os conjuntos diminuam a velocidade visando poupar suas montarias de cansaço e lesões (entendidas mais como dores, que normalmente somem no dia seguinte à competição). É na trilha que o cavaleiro/amazona tem que decidir quão rápido andará e onde forçará mais o ritmo, lembrando sempre que ao aumentar a velocidade está cansando mais seu cavalo e o expondo a maiores riscos de lesão. Numa prova de 160kms o conjunto passa cerca de dez horas na trilha, podendo variar dependendo do solo, da topografia e do clima. A trilha é separada em anéis (etapas), cada um medindo entre 15kms e 40kms. No meio destes anéis há locais com água para os cavalos e pontos de apoio, onde a ajuda externa é permitida e onde se resfria os cavalos e se dá eletrólitos e demais suplementos para os animais. Ao final de cada anel há um vet-check.

Vet-check
Compreende três fases: a de recuperação do cavalo, a dos testes veterinários e a de descanso. A primeira começa assim que o conjunto chega da trilha e sua função é preparar o cavalo para a fase seguinte o mais rápido possível. Nela, o cavaleiro e sua equipe de apoio tiram a sela do cavalo e o resfriam (normalmente jogando água gelada em seu corpo). Como o tempo do conjunto só é parado quando o cavalo passa para a fase seguinte (e não quando ele chega da trilha), é importante que a fase de recuperação seja o mais breve possível, o que privilegia os cavalos mais descansados - já que para passar para os testes veterinários a frequência do cavalo deve estar suficientemente baixa. Os testes veterinários visam verificar as condições do animal. O médico veterinário mede a frequência cardiaca do cavalo, hidratação, movimentação intestinal, dores musculares e por fim observa se sua movimentação não apresenta nenhuma claudicação (manqueira). Caso a frequência cardiaca do cavalo esteja a cima dos níveis máximos estabelecidos (normalmente 64 batimentos por minuto) ou o cavalo esteja mancando, o conjunto será eliminado e, portanto, obrigado a parar. Caso o cavalo seja aprovado, o conjunto largará para o próximo anel (após a fase de descanso) ou será considerado classificado (caso já tenha terminado a prova). A fase de descanso é composta por um tempo (ao redor de 40 minutos) para que cavalos e cavaleiros descansem, se alimentem, etc. Muitas vezes os cavalos são massageados. Após esta fase, os conjuntos largam para o próximo anel, respeitando a ordem e o tempo no qual eles entraram nos testes veterinários.

A chegada
A chegada do último anel, ou chegada final, difere da chegada dos outros anéis pois determina o fechamento do tempo do conjunto, ou seja, é o primeiro a cruzar a linha de chegada que ganha e não o primeiro a entrar nos testes veterinários. Por esse motivo, algumas vezes ocorrem disputas, ou sprints, na chegada.

A História
Apesar de provas eqüestres de resistência existirem há muito tempo, o enduro moderno, tal como o conhecemos hoje, tem suas origens na década de 1950. Nos EUA, Wendell Robie se propôs a trilhar a rota do Pony Express - um antigo serviço dos correios norte-americanos - em menos de 24 horas. Posteriormente, nesta trilha foi fundada a Tevis Cup, uma das provas de enduro mais importantes até hoje. A partir de então o enduro eqüestre foi se desenvolvento e se difundindo. Em 1982 o enduro passou a ser considerado uma disciplina oficial da FEI, que desde 1986 organiza campeonatos mundiais a cada dois anos, além de campeonatos europeus, panamericanos, etc. Ao final da década de 1990, países árabes, em especial o Emirados Árabes Unidos, aderiram ao esporte e injetaram grandes quantias de dinheiro em patrocínio, treinamento, aquisição de animais, etc. A partir de então o enduro passou a crescer esportivamente e economicamente de modo vertiginoso.

O Cavalo
A maior parte dos cavalos praticantes de enduro equestre é da raça Puro Sangue Arabe (PSA). Por sua resistência e aptidão esportiva, os cavalos árabes alcançam, ao redor de todo o mundo, resultados superiores. Há, também, muitos cavalos com parte do sangue árabe, em especial anglo-árabes (mistura de PSA com PSI - Puro Sangue Inglês), conhecidos por seu tamanho maior. Esta tendência, no entanto, não é uma regra e algumas vezes observa-se cavalos com origem desconhecida (sem raça definida) ou cruzas pouco comuns (criolo com inglês, por exemplo) ganhando provas importantes e tendo outros resultados impressionantes.

Características desejáveis num cavalo de enduro
Um cavalo de enduro deve ser forte, bem aprumado, ter bons cascos, ter um sistema cardio-respiratório eficiente, apresentar disposição para o esporte (vontade de andar, por exemplo), mostrar-se apto para realizar troca de calor com o ambiente de modo eficiente e ser calmo. Nem todas essas características são encontradas em todos os cavalos de enduro. E isso não se pode ser dito como regra e sim uma caracteristica simples.

Internacional Endurance
As duas principais forças no enduro equestre mundial são a França e o Emirados Arabes Unidos (EAU). Além de terem resultados expressivos nos campeonatos mundiais e continentais, são nestes países que acontecem as competições mais importantes. A França é conhecida pela larga experiência de seus cavaleiros e por sua criação e seleção de cavalos, enquanto os UAE por seu imenso investimento em animais e treinamento. Outros países também ocupam posições importantes no cenário internacional. Na Europa destacam-se Italia, Portugal e Espanha, na América, Estados Unidos, Brasil e Uruguai, no Oriente Médio, Bahrain, Dubai, Abu Dhabi e no restante do mundo, a Austrália.

Principais conquistas brasileiras
Apesar de não ser uma força primária no enduro equestre e sempre enfrentar longas viagens para participar de campeonatos internacionais, o Brasil já obteve resultados expressivos:
Campeonato mundial young rider 2003 - Pratoni Del Vivaro (Itália)
6° lugar individual
Best Condition Award
Panamericano 2005 - Pinamar (Argentina)
Medalha de bronze por equipe na categoria sênior
Medalha de ouro por equipe na categoria young rider
Medalha de prata individual na categoria young rider
Medalha de bronze individual na categoria young rider
Best Condition Award
Campeonato mundial young rider 2005 - Bahrain
Medalha de bronze por equipe
Campeonato mundial young rider 2007 - Campo de Mayo (Argentina)
Medalha de bronze por equipe
Panamericano 2007 - Campinas (Brasil)
Medalha de ouro por equipe na categoria sênior
Medalha de ouro por equipe na categoria young rider
Medalha de ouro individual na categoria sênior
Medalha de prata individual na categoria sênior

Fonte : Enduro equestre - Wikipédia



Caracteristicas

Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam de sua adaptação ao deserto. São, com certeza, aspectos de sua conformação primitiva que foram privilegiados, selecionados e desenvolvidos com grande sabedoria pelos beduínos. Isso foi realizado com tal maestria através de conceitos e ensinamentos passados de geração para geração durante milênios, que nenhum hipólogo ou compêndio sobre eqüinos se recusa ou mesmo titubeia em afirmar que o Puro Sangue Árabe é o mais perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela.

Os olhos - Os olhos do cavalo árabe são típicos de muitas espécimes de animais do deserto. Grandes e salientes, eles são responsáveis por prover o animal de uma excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos Árabes dos ataques de seus predadores.

Narinas - As narinas do cavalo Árabe que se dilatam quando ele corre ou está excitado, proporcionam uma grande captação de ar. Normalmente as narinas se encontram semi-cerradas reduzindo a poeira proveniente da respiração nos climas mais secos como no deserto.

Maxilares - O tamanho e a grande separação entre os maxilares ou ganachas no cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagem de sua desenvolvida traquéia - provavelmente esse é um outro fator de adaptação para aumentar a captação de ar.

Carregamento de cabeça - O carregamento natural de cabeça do cavalo Árabe é muito mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao galope. O alto carregamento da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as flexíveis narinas e alongando a traquéia. É comprovado que os cavalos Árabes possuem maior número de células vermelhas que as outras raças, o que pode indicar que o cavalo Árabe usa o oxigênio mais eficientemente.

Pele - A pele negra por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é visível devido à delicadeza ou ausência de pêlos em torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra queimaduras. A fina pele do cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação do suor resfriando o cavalo mais rapidamente.

Irrigação Sanguínea - As veias que se tornam visíveis por saltarem à flor da pele quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço físico, em contato com o ar, resfriam rapidamente a circulação sanguínea, proporcionando maior conforto em longas jornadas.

Crina - Os pêlos da crina são normalmente finos e longos, protegendo a cabeça e o pescoço da ação direta do sol. O longo topete na testa também protege os olhos do reflexo e da poeira.

Focinho - O pequeno e cônico focinho também deve ser creditado de sua herança do deserto. A escassez de alimentos deve ter reduzido o focinho para o admirado tamanho e formato de hoje. Os finos e ágeis lábios provavelmente são resultados dos ralos pastos do deserto. Os cavalos dos beduínos pastoreavam apenas esporadicamente comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto seguiam em suas longas jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente se prover de pequenas porções de ralas gramas e ervas.

Estrutura Óssea - É fato que muitos cavalo Árabes possuem apenas cinco vértebras lombares, diferentes das seis comuns em outras raças. Essa vértebra a menos explica o pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes pesos proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto, modernas autoridades do cavalo Árabe, como Gladys Brown Edwards, afirmam que não são todos que possuem cinco vértebras, muitos possuem o padrão de seis vértebras. Até hoje não é sabido qual número mais comum de vértebras no cavalo Árabe e não há evidência de que o Árabe que possui cinco seja mais puro ou mais desejável do que o que possui seis.

Carregamento da Cauda - O alto e natural carregamento da cauda é resultado da singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira vértebra da cauda, que se liga à parte interna da garupa é levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças que se inclina para baixo.

A cabeça - A distinta beleza do cavalo Árabe é uma das principais marcas do tipo da raça. O clássico perfil é marcado por duas características: jibbah e afnas, muito admiradas pelos beduínos.

Jibbah - é a protuberância acima dos olhos. Nem todos os cavalo Árabes maduros possuem, mas ele é óbvio nos potros. O Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal proporcionando maior capacidade respiratória.

Afnas - O afnas é a chamada "cabeça chanfrada". O chanfro é a depressão no osso frontal da cabeça entre os olhos e o focinho, ele apresenta uma curva côncava no perfil da cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos como um aspecto de beleza, nem todos os seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje nem todos os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil. Mas uma cabeça é considerada boa e típica quando possui:
olhos grandes, salientes, bem separados e situados logo abaixo da testa;
testa larga;
narinas grandes e flexíveis;
cabeça descarnada e seca;
a expressão geral é alerta, inteligente e vivaz.

História

A origem do cavalo árabe, depois de muitas pesquisas e de divergências históricas, continua sem uma prova definitiva: teria sido uma espécie selvagem que assumiu com o tempo sua forma, originária de cruzamentos entre outras? Teria o homem interferido nessa formação? A questão permanece envolta em mistério. Na verdade a primeira imagem aparece num baixo relevo egípcio do século 16 antes de Cristo.
A Cavalo Árabe de hoje tem uma cabeça pequena e côncava, pescoço arqueado, linha de garupa horizontal e cauda levantada de inserção alta. Estas características foram mantidas até hoje, através de 36 séculos. Quem poderá realmente dizer quantos outros se passaram até que estas características tivessem sido adquiridas e fixadas.
Não existe dúvida de que é a raça mais antiga do mundo, e a nenhuma outra se pode comparar em conformação, equilíbrio e beleza. Mas não foi por essas qualidades que durante 3500 anos o cavalo árabe foi tão apreciado: foi por sua extraordinária capacidade como cavalo de guerra. Pela velocidade, resistência, agilidade e inteligência.
O poderio dos impérios e de seus exércitos foi cada vez mais baseado na cavalaria. E pouco a pouco, a cavalaria ligeira ultrapassava em muito a pesada, com armaduras e armas de maneio lento. Os guerrilheiros montados em "cavalos que voavam nos pés" tornavam-se famosos e muito temidos.
Em 700 a.C. havia uma procura generalizada deste tipo de cavalo. Guerras eram iniciadas com o único fim de obtê-los em maior número possível. As lutas se sucediam entre assírios, persas, povos das estepes, em torno do mar Vermelho, até o Egito. Em selos, jóias, relevos e pinturas, encontramos a mesma imagem do cavalo árabe característico através dos séculos.
A lenda conta que Maomé, depois de uma longa caminhada, mandou que soltassem os animais para tomar água. Antes que eles chegassem ao lago, ele os chamou de volta, e apenas cinco éguas pararam, e em vez de matar a sede voltaram atendendo ao chamado do profeta. Ele abençoou estas cinco éguas, e delas se formaram as cinco linhagens famosas.
Porém, todas as referências citam apenas Kehilan Ajuz, que se confunde com o termo "puro". Portanto, todas as linhagens formaram-se a partir de Kehilan Ajuz. Somente em 1800 temos como definitivo a existência das várias linhagens: Kehilan, Seglawi, Maneghi, Abeyan, Dahman. Porém para os beduínos "são todos Kehilan". Apesar de haver descrições, com características diversas, destas linhagens, notamos com surpresa que elas são continuamente cruzadas entre si, tornando difícil seu reconhecimento. Mais tarde, as tribos de beduínos criaram sublinhagens, isolando pela distância suas tropas.